terça-feira, 29 de julho de 2014

Deitei – me com Barata

Todo o prazer daquele impulso de repente se foi, diluído em suor frio e no incômodo da dor. Deitei-me com barata, mesmo que ele nunca tivesse me demonstrado desejo. Seu semblante atordoado pela emoção da oportunidade, que certamente seria única, evidenciava a pressa que se sobrepunha a qualquer tipo de capricho. Eu esperava lá, deitada, arrependida, desgostosa comigo mesma, mas tinha que dar meu melhor pra Barata agora, levar em frente a decisão tomada.

 Foi quando o constrangimento se tornou insuportável que percebi que havia me tornado mulher. Não pelo ato, cuja prática já havia deixado de ser um passeio pelo desconhecido, mas pela consciência do quão valioso aquilo era, e da facilidade com que já havia me entregado algumas vezes a outros meninos. Eu sou agora um prêmio do Barata, e quando ficarmos velhos, certamente ele se regozijará ao lembrar-se de como sua juventude foi boa, e de como minha carne, assim como a carne de outras conquistas suas, era macia, e principalmente de como eu escorria de prazer nesse dia.

No momento em que Barata tirou minhas meias veio o click. Eu já estava totalmente despida, mas ele despiu minha alma ao puxar minhas meias pelas pontas, e expôs à vergonha os primeiros raios de consciências que emanavam de minha cabeça infantil. Tentei buscar conforto friccionando minhas solas na roupa de cama macia, e um frio na barriga despertou em mim o necessário para que Barata não tivesse dificuldades em me penetrar. Não fazia mais sentido lutar, ele já tinha o que queria, e agora de uma forma estranha eu também me sentia parte do Barata.